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O secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, Andrea Calabi, não descartou completamente o fim da substituição tributária para as empresas do Simples Nacional durante palestra, realizada ontem, na Associação Comercial de São Paulo (ACSP).
Provocado pelo vice
presidente entidade, Roberto Mateus Ordine, e pelo economista Marcel Solimeo,
Calabi afirmou que o uso disseminado da NFe-C, nota fiscal ao consumidor, que
começou a ser usada em vários estados como forma de aumentar o controle da
arrecadação, poderá levar ao fim da substituição tributária para o segmento no
futuro.
No momento, entretanto, a sistemática de cobrar
o imposto estadual de forma antecipada de apenas um elo da cadeia produtiva é
um instrumento eficaz no recolhimento do ICMS, embora ele reconheça o aumento
da carga tributária para as micro e pequenas empresas.
“É verdade que a
substituição tributária retirou uma boa parte dos benefícios das empresas
optantes do Simples Nacional. Para os fiscos, entretanto, é muito importante
manter o instituto e não fazer exceções porque seria uma situação difícil de
organizar”, ponderou.
Na sua opinião, o Projeto de Lei do Senado (PLS)
323, aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), relatado pelo senador
Armando Monteiro, é um ponto de partida para a discussão do tema. Isso porque o
projeto propõe identificar quais são os setores relevantes para o fisco,
dispensando um grupo de optantes do recolhimento do imposto por meio da
substituição tributária.
“É um caminho razoável que está sendo negociado”,
disse.
Quanto aos impactos do fim do mecanismo para os
Estados, de R$ 10 bilhões para os fiscos estaduais e de R$ 10 bilhões para o
governo federal, os números, segundo Calabi, não estão superestimados. De
acordo com ele, a possibilidade de acabar com a substituição tributária acendeu
a luz amarela do Confaz.
“Não há como enfrentar essa questão sem discutir o
papel do estado na economia e como se organiza esse papel entre as esferas da
federação. É uma discussão que está solta”, concluiu.
Fonte: Diário do Comércio
Extraído: José Adriano
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Editado por Carlos Gama
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