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5 de nov. de 2012

Nota fiscal eletrônica expande mercado para empresas de TI


Criado pela Receita Federal em 2005, o sistema de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) pretende aumentar a eficiência do sistema de emissão fiscal de produtos e, consequentemente, a arrecadação federal e o controle do fisco em casos de sonegação de impostos. Dentro deste esforço, empresas de diversos setores passaram a ter o uso obrigatório da NF-e decretado, a partir de 2008, como fabricantes de cigarros e distribuidores de combustíveis, e outras áreas foram progressivamente adotando o sistema desde então. Essa expansão do uso da NF-e criou um mercado em crescimento para empresas de TI, responsáveis pela implantação do sistema nas empresas.

Como explica o gerente de marketing da HBSIS, especialista em soluções de TI, Odair Behnke, o sistema se integra diretamente com o software receptor da empresa, enviando a nota para o cliente e para a Receita Federal, que então autoriza a circulação da mercadoria em questão, e tem como grande diferencial a arquitetura do software utilizado, especialmente em empresas que trabalham com um grande volume de emissão de notas. "Muitas já aderiram à NF-e, mas poucas trabalham com a emissão em grande quantidade. Para as últimas, como a Ambev, que emite 6,5 milhões de notas por mês, esse tipo de ferramenta necessita de uma capacidade maior, trabalhando com filas de atendimento, que são sincronizadas para dar uma resposta mais rápida. Isso permite uma emissão de 150 mil notas em duas horas", exemplifica Behnke.


Já em negócios de menor porte, como restaurantes, a tecnologia utilizada é praticamente a mesma, com uma grande diferença na estrutura necessária, no entanto. "Tecnologicamente, não há diferença, mas entre uma empresa que emite mil notas fiscais por mês e outra que emite seis milhões, há uma mudança na capacidade de armazenamento. Para o segundo caso, é preciso uma ferramenta que suporte esse maior volume, com um maior armazenamento de servidores", compara Tiago Musachi, do departamento de novos negócios da Acesso Digital, focada no digitalização de documentos.

Musachi destaca a agilidade do sistema de nota fiscal eletrônica e estima um crescimento no número de empresas que irão aderir ao sistema nos próximos anos, além da obrigatoriedade da adoção por parte do governo. "Existe um estímulo para as empresas, em função da redução de papel gasto e da automatização do processo. Acho que em quatro ou cinco anos, todas as empresas devem ser colocadas na obrigatoriedade pelo governo", afirma. O gerente de marketing da HBSIS também ressalta a diminuição do impacto ambiental, uma vez eliminada a nota fiscal de papel, além da eficiência adquirida pelo sistema, com benefícios para as empresas, o governo e os clientes. "Ele garante a agilidade da informação, pois a nota vai em seguida para a receita, além de evitar a sonegação e agilizar o processo para o cliente também. Ou seja, é um ganho de performance operacional para todos os atores relacionados", resume Behnke.


Fonte: Terra

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