Criado pela Receita Federal em 2005, o sistema de Nota Fiscal
Eletrônica (NF-e) pretende aumentar a eficiência do sistema de emissão fiscal
de produtos e, consequentemente, a arrecadação federal e o controle do fisco em
casos de sonegação de impostos. Dentro deste esforço, empresas de diversos
setores passaram a ter o uso obrigatório da NF-e decretado, a partir de 2008,
como fabricantes de cigarros e distribuidores de combustíveis, e outras áreas
foram progressivamente adotando o sistema desde então. Essa expansão do uso da
NF-e criou um mercado em crescimento para empresas de TI, responsáveis pela
implantação do sistema nas empresas.
Como explica o gerente de marketing da HBSIS, especialista em
soluções de TI, Odair Behnke, o sistema se integra diretamente com o software
receptor da empresa, enviando a nota para o cliente e para a Receita Federal,
que então autoriza a circulação da mercadoria em questão, e tem como grande
diferencial a arquitetura do software utilizado, especialmente em empresas que
trabalham com um grande volume de emissão de notas. "Muitas já aderiram à
NF-e, mas poucas trabalham com a emissão em grande quantidade. Para as últimas,
como a Ambev, que emite 6,5 milhões de notas por mês, esse tipo de ferramenta
necessita de uma capacidade maior, trabalhando com filas de atendimento, que
são sincronizadas para dar uma resposta mais rápida. Isso permite uma emissão
de 150 mil notas em duas horas", exemplifica Behnke.
Já em negócios de
menor porte, como restaurantes, a tecnologia utilizada é praticamente a mesma,
com uma grande diferença na estrutura necessária, no entanto.
"Tecnologicamente, não há diferença, mas entre uma empresa que emite mil
notas fiscais por mês e outra que emite seis milhões, há uma mudança na
capacidade de armazenamento. Para o segundo caso, é preciso uma ferramenta que
suporte esse maior volume, com um maior armazenamento de servidores",
compara Tiago Musachi, do departamento de novos negócios da Acesso Digital,
focada no digitalização de documentos.
Musachi destaca a
agilidade do sistema de nota fiscal eletrônica e estima um crescimento no
número de empresas que irão aderir ao sistema nos próximos anos, além da
obrigatoriedade da adoção por parte do governo. "Existe um estímulo para
as empresas, em função da redução de papel gasto e da automatização do
processo. Acho que em quatro ou cinco anos, todas as empresas devem ser
colocadas na obrigatoriedade pelo governo", afirma. O gerente de marketing
da HBSIS também ressalta a diminuição do impacto ambiental, uma vez eliminada a
nota fiscal de papel, além da eficiência adquirida pelo sistema, com benefícios
para as empresas, o governo e os clientes. "Ele garante a agilidade da
informação, pois a nota vai em seguida para a receita, além de evitar a
sonegação e agilizar o processo para o cliente também. Ou seja, é um ganho de
performance operacional para todos os atores relacionados", resume Behnke.
Fonte: Terra
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