Anonymous ataca Nota Fiscal
Eletrônica e promete mais investidas
O
sistema de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que oferece serviço de
consulta para diversos Estados do Brasil, começou a sofrer investidas dos
hackers do Anonymous Brasil, a partir das 10h desta terça-feira, 30 de outubro
— como anunciado nos perfis do grupo no Facebook e no Twitter.
Os hackers falaram com exclusividade para o
R7 e lembraram que o mesmo ataque foi feito em fevereiro deste ano durante a
paralisação de servidores na Bahia, quando o grupo tirou do ar todos os sites do Estado em
“em solidariedade ao trabalhador baiano”. Um deles explica:
— A última vez que fizemos isso foi durante a
greve da Bahia. Tiramos todos os sites do governo do ar, inclusive o de Nota Fiscal Eletrônica,
assim não entra e nem sai mercadoria.
Com o nome de #OpWeeksPayment part 2
(Operação Semana de Pagamento parte 2), explicaram que esta é a segunda edição
de outro ataque semelhante ocorrido no começo deste ano, quando derrubaram o internet banking de vários bancos brasileiros —
obrigando os clientes a se deslocarem às agências para efetuar transações e
consultas.
— Serão cinco dias de ataques, que começam na
terça-feira. Escolhemos essa data pois é semana de pagamento e a população só reflete
quando a coisa toca no bolso. Quando fazemos protesto, ninguém nota, não tem
impacto. Assim fazemos o povo começar a se interessar mais por política e
corrupção. É a maneira que encontramos de incomodar as pessoas.
Até as 11h34 desta terça, as páginas da NF-e
de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Bahia, Amazonas, Mato Grosso do Sul,
Goiânia e Minas Gerais estavam fora do ar.
Ataques anteriores
O último ataque do Anonymous aconteceu no
primeiro turno das Eleições municipais, quando invadiram sites de tribunais
regionais eleitorais e partidos políticos de todo o Brasil, para protestar
contra indiferença aos pobres, lembrados apenas “em época de eleição” — segundo
os ativistas.
Em agosto, invadiram a página da Confederação
Brasileira de Vôlei após a vitória da seleção nos Jogos Olímpicos de Londres e
deixaram mensagem cobrando fiscalização dos gastos da Copa 2014e Olimpíada 2016.
Os hackers foram responsáveis por
desestabilizar os serviços online do Itaú, Bradesco, Branco do Brasil, HSBC,
City Bank, BMG, PanAmericano e Federação Brasileira de Bancos (Febraban) em
fevereiro de 2012, na chamada #OpWeeksPayment.
Fonte: Roberto
Dias Duarte
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