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11 de fev. de 2013

Nota Fiscal deve revelar valor de impostos sobre produtos



Logo após o recesso parlamentar, que termina no dia 1º de fevereiro, a Câmara dos Deputados deve receber projeto aprovado pelo Senado que obriga o vendedor a informar, na nota fiscal, o valor de cinco impostos incidentes sobre o preço do produto: Importação, IPI, ICMS, ISS e a Cide, que incide sobre combustíveis. A senadora Ângela Portela (PT-RR) é uma das autoras do projeto, ao lado de João Capiberibe (PSB-AP), Casildo Maldaner (PMDB-SC) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).




O objetivo do projeto, que se refere a tributos responsáveis pela maior parte da arrecadação no Brasil, é garantir transparência. Como explica a senadora Ângela Portela, esses são impostos indiretos, embutidos nos preços finais dos produtos e serviços consumidos pela população. Como hoje não são divulgados, os consumidores pagam esses impostos sem nem perceber.

Ângela Portela dá um exemplo. Grande parte do material escolar, que nesta época do ano estão sendo comprados pelos alunos e seus pais, recolhe tributos muito altos. Do preço total de uma caneta comum, 47,49% podem ser tributos; já no preço da régua, 44,65% representam impostos. Os dados são do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário que também mostrou que 42,71% do valor de uma cola são de impostos.  Além da caneta e da régua, a agenda escolar, a borracha e o apontador possuem alta tributação, de 43,19%.

Além dos produtos citados acima, outros sofrem alta tributação, como um simples lápis: 34,99%, fichário (40,33%), folhas para o fichário (37,77%) e até as lancheiras das crianças (39,74%). Esses são apenas alguns casos, ressalta Ângela Portela. Até os produtos da cesta básica recolhem tributos pesados.

O senador João Capiberibe, um dos autores da proposta, admite que o projeto perdeu força após a sanção da Lei 12.741, em 10 de dezembro. Essa nova lei, que entrará em vigor no dia 10 de junho, também determina a descrição de oito tributos, entre federais, estaduais e municipais: ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS, Pasep, Cofins e Cide.

Capiberibe, no entanto, garante não ter desistido do projeto. É que, na opinião dos senadores, quando a lei já sancionada entrar em vigor logo se perceberá que é inexequível. Na prática, é impossível informar tantos impostos na nota fiscal. “Nessas condições, o projeto que aprovamos no Senado provavelmente será votado pela Câmara e encaminhado ao Executivo para substituir o outro, por ser mais simples e realista”, disse o senador. 


Fonte: Folha BV

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